segunda-feira, 21 de maio de 2012

Hoje eu sonhei que me casava.
Com uma aliança barata, bijuteria prateada, sem graça, sem nada.
Eu comprava um apartamento clicando meio sem querer em um botão na internet. Era em um lugar bom até, na Tijuca, mas não no local que eu escolheria. Mas enquanto pesquisava e pensava, me distraí e cliquei no botão. Tinha um segundo andar onde eu planejava, com um fingido entusiasmo que dava pena, um bar e um espaço pra festas, e um cantinho onde o sol batia à tarde, onde dava uma piscina.
E no dia seguinte eu estava em desespero, porque eu não queria ter me casado. A aflição era tão grande que parecia que ia explodir o peito. Eu chorava e dizia para a minha mãe que não queria ir para o novo apartamento, que não queria estar casada. Uma sensação de prisão sem fim, olhando para aliança. Até que eu pensei: eu posso terminar. Não interessa que me casei ontem, não interessa que comprei um apartamento, eu vendo, eu desmancho tudo, ninguém pode me obrigar. Peço até anulação do casamento para o Papa. Isso! Assim posso me casar de novo na Igreja. Não que seja fundamental, eu quero amor e só, mas sempre quis casar na Igreja, e aí eu poderia, de novo. Não tivemos nada depois desse casamento mesmo, antes sim, mas depois... é isso! Separar, desfazer, anular, antes que comece.
E a cena corta para o casal da novela Avenida Brasil, Jorginho e Débora, em duas motos subindo uma pista vertical que vai para o céu, como se fosse um pé-de-feijão, de espessura fina como papel. Mas o Jorginho curva a moto para baixo antes de chegar ao fim da pista, e a Débora cai e se espatifa no chão. A voz dela, acidentada, machucada, fala com desespero: eu avisei que você tinha que ir comigo até o final, ou eu ia me machucar!
Volta para mim. Tudo, menos ir para aquele apartamento. Desespero. Prisão. Ando em círculos, coração explodindo.
O despertador toca. Tive dificuldade em sair do sonho, mas quando vi que não tinha aliança, senti um alívio tão grande, talvez o maior dos tempos em uma segunda-feira, cedo demais. Nada daquilo tinha acontecido. Eu estava livre.

Engraçado é que já quis me casar com essa pessoa, mais que tudo nesse mundo. Nessas horas, sinto falta de fazer terapia. Esse é o tipo de sonho que faz a gente sentir, e esses sempre me intrigaram.

sábado, 5 de maio de 2012

Ando procurando uma música que traduza o que estou sentindo.
Não é tristeza, também não é alegria.
Às vezes é um medo incontrolável, que me tira o sono.
Ou um cansaço tão grande que me tira a voz.
Uma vontade enorme, que me enche de adrenalina e sonhos.
Acho que eu queria só ficar sentindo tudo isso. Não estou para conversas, não consigo falar sobre isso, não consigo falar sobre outra coisa.
A vida continua acontecendo, as obrigações continuam lá e a minha cabeça e o meu coração estão em outro lugar. Que é muito mais meu.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Tempo ou dinheiro?
Fazer o que amo e não ganhar nada por isso ou fazer o que não amo e ganhar um pouco por isso?
Dinheiro ou tempo?
Investir nos meus projetos pessoais ou vender minha força de trabalho para projetos de outros?
Todos os dias, o dilema acorda junto com o despertador e deita no travesseiro comigo de noite.
Amanhã tem mais.