domingo, 12 de junho de 2011

Texto escrito no dia dos namorados de 2007:


Hoje andei pelo mundo prestando atenção em cores que não sei o nome (parafraseando a música). 
Vi um casal novinho, com idade de colégio! E imaginei um romance apaixonado, apressado, em que tudo é muito novo, como são os romances dessa idade (ou será que não são, ou só às vezes os são?) 
Vi uma moça chorando...E imaginei um namoro recém-terminado, ou talvez antigo...na verdade, o tempo age sobre as feridas, mas não as determina. 
Ouvi um fragmento de conversa..."1 ano e 4 meses!" E imaginei uma mulher alegre que conversa com a amiga enquanto o namorado não sai do trabalho para encontrá-la.
Vi um menino carregando uma cesta com um ursinho e flores, andando apressadamente, com ar de expectativa no rosto. E imaginei que ele realmente gostava dela, como nunca tinha gostado de ninguém. E que era muito nova pra ele essa história de demonstrar sentimentos. 
Vi um homem no ponto de ônibus com uma camisa que dizia: "We are the perfect couple". E imaginei a alegria da namorada ao ler aquela pequena surpresa. E imaginei que ele tinha arrumado esse pequeno detalhe, só para deixá-la feliz. 
Vi um casal feliz em um restaurante mexicano. E fiquei feliz porque sabia que eles estavam felizes. 
Vi uma menina carregando uma cesta de flores e...essa menina era eu. E se eu fosse outra pessoa a me observar, nunca imaginaria que aquelas flores não eram minhas. 
Por isso, quando o cobrador do ônibus perguntou sorridente: "Ganhou flores, menina?!" A menina respondeu: "É..." e sorriu. De um certo modo, ganhou. 



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