sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Noite na boate. Eles se beijam.

Será o que ele faz da vida? Ele é bonito... Quantos anos deve ter? 25? Deve ser mais velho que eu. Todo mundo é mais velho que eu. Mas talvez ele ainda esteja na faculdade. Seria bom namorar alguém que ainda estivesse na faculdade? Ah, como eu queria estar lá...

Beijam...

Será o que ele gosta de fazer? Será que vamos ao cinema na semana que vem e ele vai gostar do meu senso de humor? Bem, será que eu vou conseguir fazer piadas? Quais serão os sonhos dele? Será que ele já foi machucado por alguém? Eu já fui. Algumas vezes. Outro dia eu li que amor era isso, amar os traumas, as confusões, tudo aquilo que não faria sentido algum amar, mas faz parte de um pacote que sou eu, que somos todos. Eu preciso de alguém que me dê a mão, perdoe as minhas loucuras e me abrace, enquanto a gente tenta viver nessa aventura estranha da vida. Enquanto a gente sonha junto coisas mirabolantes e vê estrelas entre os prédios de concreto, ou dentro de nós.

Beijam...

Será que ainda encontro alguém que me dê alguns minutos para mostrar meu sarcasmo divertido, minha empolgação com as coisas simples, minha filosofia barata e incansável, meus textos de prosa poética? Sei que não sou a mais bonita ou a mais extrovertida. Eu preciso de alguns minutos...

Param. Se despedem.

“Tudo de bom.”

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