sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Daí você chega um momento da vida em que você tem que "figure out":

-  Sua vida profissional (o que eu quero?)
- Seus amigos (397 relações abaladas)
- Sua aparência (emagrecer todos os quilos ganhados na fase ‘não quero figure out coisa alguma, me deixa’)
- Seus traumas (como faz? Volta pra terapia? Que horas eu enfio a terapia no meu dia?)
- Sua vida amorosa (São tantos outros problemas e essa parte é tão cagada que você meio que desiste dela)

Agora me diz, que horas?

Porque sério, eu não sei vocês, mas eu preciso dormir. 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um ano em uma palavra:

2003 - amizade
2004 - alegria
2005 - paixão
2006 - descoberta
2007 - amadurecimento
2008 - amor
2009 - luta
2010 - abismo
2011 - espera

Eu poderia usar palavras mais duras para 2011. Mas vou esperar...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Daí você estava achando que ninguém te entende. Quer dizer, a maioria das pessoas do seu universo. As pessoas que olham pra você e pensam, ou dizem com eufemismos: você não é feliz porque não quer.

Então você começa a ler uns blogs por aí e se descobre de novo. E entende. Que quando você estava na faculdade, você vivia no mundo sarcástico e filosófico da comunicação, onde o problema dos clichês era até a falta deles, porque tudo era tão profundo e relativo que às vezes só dava uma vontadezinha de um pouco de senso comum.

Agora a faculdade acabou, e que bom que ficaram os amigos no dia a dia (não todos que eu gostaria, mas ficaram). Mas o mundo macro da convivência não é mais esse, e sim um amontoado de clichês.

E eu não sou mais aceita. Na faculdade, ou com os amigos desse mundo (e outros que não eram de lá também), era legal fazer piada de tudo, até da falta de sentido e de coisas ruins. E sempre tinha alguém pra completar a sua piada. E também era legal questionar tudo, da política à sua própria sombra.

Agora, estou cercada de senso comum e sou uma estranha. Não é que na faculdade não existissem pessoas da vibe "tudo sempre dá certo no fim", mas mesmo elas não crucificariam alguém por não ser assim. Ou não olhariam essas pessoas com pena. Essas pessoas também faziam piada das coisas ruins da vida, mesmo que elas fossem só uma topada no pé.

Na faculdade, eu fazia piadas com Murphy e dizia que ele era meu namorado. Eu era engraçada, não uma coitada, ou uma pessoa indesejável, porque reclama e briga demais. Eu não tinha ouvir coisas como que minhas insatisfações são imaturidade (não sabia que as pessoas maduras eram satisfeitas com tudo).

A faculdade acabou, mas, ainda bem, temos os blogs.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Feriado quarta-feira é aquele dia que te lembra que a vida pode ser boa.

Como não é um feriadão, você se sente menos obrigado a viajar, sair e curtir a vida como se não houvesse amanhã, regado a álcool, salto alto e procuras por pares perfeitos.

Você só fica em casa (ou na casa da Rachel, tipo eu), dorme até acordar por vontade própria, assiste séries, lê um livro, conversa e se sente livre.

Você até faz uns planos para o futuro, porque você tem tempo pra pensar se onde você está é onde você quer mesmo estar. Mas só um pouquinho. Depois você decide que está tão bom simplesmente viver um momento agradável que você não quer ter a obrigação de pensar em nada.

E no dia seguinte você volta pra loucura sem sentido das oito horas diárias. E acorda cedo, pega ônibus, almoça em restaurantes com filas, e sente saudade. É possível sentir saudade do que aconteceu a menos de 12 horas?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Às vezes dá uma preguiça de conviver em sociedade.

É difícil. A maioria das pessoas realmente não entende o que você é. E às vezes o que me faz ter um pouquinho mais de paciência é saber que cada um está na sua luta.

Mas eu descobri que tenho mais paciência com aquelas pessoas que tem problemas. Que tem tristezas, lutam contra complexos, que tem conflitos mascarados de felicidade. Que podem até te irritar até o fundo da alma e parecer terem esquecido que um dia conheceram nem que seja um pouquinho de você de verdade, e preferem julgar coisas pequenas por indiretas, ou se afastar.

Bem melhores essas pessoas do que as que não têm problemas. Como assim não tem problemas? Todo mundo tem problemas, certo?

Certo e errado. Porque tem gente que parece que só teve problemas no passado. Já teve defeitos no passado. Hoje é como se já tivesse superado todas essas bobeiras e estivesse no auge da maturidade. E quem chega realmente nesse auge aos vinte e poucos anos, meu Deus? Do maduro para o podre é um pulo. Graças à Deus o ser humano é uma fruta que leva uma vida para amadurecer.

Até os problemas dessas pessoas são lições de vida encomendadas para ensinar aos mais fracos, como eu, que estão aqui lutando numa jornada de sair do raso, de conhecer a si mesmo e entrar em contato com os próprios fantasmas. De admitir sentimentos mesmo quando eles não são bonitos, porque para transformar é preciso conhecer.

Podemos parecer mais fracos, porque ficamos mais expostos, às vezes mais machucados, pelos espinhos, ou cansados, porque os fantasmas são duros na queda. Mas já somos mais fortes, porque nos propusemos a enfrentá-los.

Sei que tem gente que me julga do pedestal dos fortes. Mas alguns são esses fracos fortes da falsa maturidade e dos falsos problemas. E outros estão na luta, como eu.

Dá vontade de dizer, no fim das contas, pra esses: você não me entende, eu também não te entendo, então me abraça e vamos juntos. Pra nossa luta.