terça-feira, 11 de outubro de 2011

Às vezes dá uma preguiça de conviver em sociedade.

É difícil. A maioria das pessoas realmente não entende o que você é. E às vezes o que me faz ter um pouquinho mais de paciência é saber que cada um está na sua luta.

Mas eu descobri que tenho mais paciência com aquelas pessoas que tem problemas. Que tem tristezas, lutam contra complexos, que tem conflitos mascarados de felicidade. Que podem até te irritar até o fundo da alma e parecer terem esquecido que um dia conheceram nem que seja um pouquinho de você de verdade, e preferem julgar coisas pequenas por indiretas, ou se afastar.

Bem melhores essas pessoas do que as que não têm problemas. Como assim não tem problemas? Todo mundo tem problemas, certo?

Certo e errado. Porque tem gente que parece que só teve problemas no passado. Já teve defeitos no passado. Hoje é como se já tivesse superado todas essas bobeiras e estivesse no auge da maturidade. E quem chega realmente nesse auge aos vinte e poucos anos, meu Deus? Do maduro para o podre é um pulo. Graças à Deus o ser humano é uma fruta que leva uma vida para amadurecer.

Até os problemas dessas pessoas são lições de vida encomendadas para ensinar aos mais fracos, como eu, que estão aqui lutando numa jornada de sair do raso, de conhecer a si mesmo e entrar em contato com os próprios fantasmas. De admitir sentimentos mesmo quando eles não são bonitos, porque para transformar é preciso conhecer.

Podemos parecer mais fracos, porque ficamos mais expostos, às vezes mais machucados, pelos espinhos, ou cansados, porque os fantasmas são duros na queda. Mas já somos mais fortes, porque nos propusemos a enfrentá-los.

Sei que tem gente que me julga do pedestal dos fortes. Mas alguns são esses fracos fortes da falsa maturidade e dos falsos problemas. E outros estão na luta, como eu.

Dá vontade de dizer, no fim das contas, pra esses: você não me entende, eu também não te entendo, então me abraça e vamos juntos. Pra nossa luta.

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