domingo, 22 de julho de 2012

Em um dos meus diários quando eu era pré-adolescente, eu lembro de ter escrito um lembrete. Eu dizia que tinha medo que eu fosse reler aquele diário quando fosse mais velha e achar que eu era triste, porque eu não era. Eu era muito feliz e amava a minha vida, mas eu tinha mais vontade de escrever quando estava triste.
O mesmo vale agora. Eu já estive triste, mas a vida anda boa que só. Uma simplicidade deliciosa de se viver e os sonhos no horizonte. Mas hoje bateu algo que nem foi tristeza. É saudade.
Eu estou com saudade de amar. De beijos apaixonados. De e-mails e mensagens bonitas, apelidos e referências únicas de um casal. Eu estou ansiosa para viver tudo de novo e ao mesmo tempo fazer tudo diferente.
Nessas horas, é inevitável lembrar de quando você amou por último. E lembrei das partes boas, das felicidades e cumplicidades que foram quase apagadas por tudo de devastador e maligno que houve depois. Era bonito, e da minha parte era puro e verdadeiro. Eu senti saudades daquilo. Não do alguém, porque é inseperável do mal. Mas daquilo. De mim, do que eu senti, do que eu falei, do que eu toquei, escrevi, sorri, sonhei. Do que eu recebi, dei e compartilhei. Mesmo que seja tudo mentira e incompatível com o real. E o coração apertou de saudade. 
A vida é boa, e eu aprendo cada dia tanta coisa que só me dá mais vontade de ler, de ver, de conhecer, de estudar, de viajar. Eu quero algum dia esbarrar em alguém assim também. Alguém que também tenha lá suas saudades. Não de alguém, mas do amor.

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